segunda-feira, 28 de março de 2011

Produção Integrada de Anonáceas- PIA em Presidente Dutra


No dia 04/02/2011 aconteceu em Presidente Dutra uma reunião organizada pela EMBRAPA em parceria com o  SEBRAE e produtores locais sobre a possível implantação da Produção Integrada de Anonácea (pinha, graviola e atemóia) na cidade.  A Produção Integrada é uma tendência global na comercialização de frutas, a qual certifica os consumidores que eles estão consumindo um produto de qualidade, o qual foi produzido com respeito ao homem e ao meio ambiente. A partir dela, os produtores poderão identificar sua produção com um selo, no qual irá constar informações com todas as etapas da sua produção.
A obtenção deste selo é um etapa importante a ser conquistada pelos produtores, pois além de ser uma exigência futura nos mercados nacionais, já é prioridade para a importação nos mercados internacionais, ou seja, só a partir da obtenção deste selo poderemos exportar a pinha para outros países.  A Produção Integrada respeita as condições climáticas, econômicas e ambientais do local onde é implantada, busca minimizar o uso de insumos e agrotóxicos, capacitar os trabalhadores do campo e zelar por suas condições de higiene e segurança no trabalho, como é o caso da implantação de banheiros nas propriedades rurais (Isso mesmo, banheiro! Algo tão necessário e negligenciado no ambiente de trabalho rural), utilização de equipamentos de segurança, entre outras exigências para que o trabalho no campo seja feito com qualidade e segurança. 
No entanto, um obstáculo ainda presente para os produtores de anonáceas é a inexistência de agrotóxicos específicos para estas frutas, o que inviabiliza a obtenção do selo, obstáculo este que a EMBRAPA juntos com os produtores Rurais pretendem ultrapassar nesse próximos 4 anos, também como objetivo da PIA posso citar a eliminação dos atravessadores da pinha, ponto o qual foi discutido na Palestra, pois trata-se de um atraso econômico na nossa sociedade, visto que estes ficam com boa parte do lucro, o qual deveria ser repassados aos produtores e trabalhadores rurais.

4 comentários:

  1. ola cara sandilla, em relação ao q foi posto tenho duas OBSERVAÇOES ou na verdade, dois temores, a saber:

    1- qdo se fala "capacitar os trabalhadores do campo" o meu temor é se queira na verdade adestrar trabalhadores sob um nova òtica dita "modernizadora".

    NÃO SEI, mas pelo texto fica parecendo q se priorizará a lógica de empresas e de empresários pequenos, médio e grandes e não de COOPERATIVAS E ASSOCIAÇÕES DE TRABALHADORES q eu acho mais interessante visto q a mentalidade de nossas empresas e empresa´rios por aqui ainda não chegou ao século xx, pra absoluta maioria, e , como socialista nem vou dizer q primeiro tem q "capacitar" os empresários e depois os trabalhadores para q haja menos exploraçao por parte do patraõ e mais clareza nas relações por parte de ambos.

    Sabemos q a lógica e o desejo por aqui, é o lucro máximo com o máximo de exploração, essa inclusive trabalhada na forma de um falso "paternalismo" q não é facil se quebrar de uma hora pra outra.

    Com isso, o q pode acontecer é o seguinte, se moderniza técnicas, métodos, mexe aqui e ali mas a essencia da brutal exploração continua de vento em popa e o pior, como disse, aqui patrão explora mas batiza o filho do empregado, cria uma relaçao tão troncha q muitas vezes
    empregado dá vida e o voto ao patrão ou ao candidato dele por achar q ele é sua salvação..

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  2. observação ou temor 2:
    "busca minimizar o uso de insumos e agrotóxicos"

    SABEMOS MUITO BEM como disse acima,q não se quebra uma lógica( perversa) de uma hora pra outra.
    Precisa-se saber há uma boa VONTADE dos produtores nesse sentido ou se manterá naquela máxima de TIME Q TÁ GNHANDO NÃO SE MEXE.
    Os agrótoxicos obecdecem toda uma cadeia sistmática escrotíssima e bem bolada, uma vez se utilizando, logo se cai numa armadilha q ao querer se sair de um precisa-se de outro e assim vai-se criando um circulo vicioso dificilimo de se superar.
    Em lugares onde se ha uma disciplina e persistencia religiosa é díficil se livrar desse circulo, veja lá aqui onde a disciplina ainda não entrou em nosso vocabula´rio e a sanha por ganhar independente do como sempre foi levada ao extremo.

    CLARO Q HA QUEM pense e queira agir diferente mas esse são MAIORIA?? q órgãos estarão pora trás na fiscalização, punição e cia??? tais o´rgaõs são confiáveis...

    ESSES SÃO PORTANTO MEUS DOIS PRINCIPAIS TEMORES NO MOMENTO!!

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  3. Olá Celito! Seja bem vindo! É um prazer tê-lo aqui, afinal foram você e o Dantas que me inspiraram a escrever sobre Dutra.
    Eu posso ter me expresso mal, esse projeto é novo e são tantas informações que acabei lhe deixando com tais dúvidas. Primeiramente destina-se a agricultores, não só de grandes áreas, se não me engano na reunião teve até produtores de 2 hectares de pinha! Também é fundamental a existência de uma cooperativa ou associação, ela será criada à partir dos interessados em adentrar esse projeto, o qual é de livre e espontânea vontade atualmente, mas a perspectiva é que no futuro os mercados só aceitem uma produção a qual tenha o selo de origem.
    Quanto aos trabalhadores rurais, acredito que serão beneficiados sim! Não só capacitados. Sabemos da realidade desses trabalhadores hoje, recebem mal, trabalham com carga horária abusiva, não usam equipamentos de segurança para os diferentes trabalhos, como é o caso da aplicação de veneno. O proprietário rural só se enquadrará sua produção a esse projeto se respeitar todas as exigências sobre os direitos dos trabalhadores.
    Estou confiante nesse projeto. Sabe por que? Acredito que os trabalhadores rurais sendo capacitados, trabalhando com dignidade (visto que a carga horária será a permitida e terão equipamentos de segurança e mais tendo o conforto mínimo no trabalho o qual hoje é inexistente!) e com os direitos trabalhistas garantidos; sua realidade familiar será afetada, seus filhos terão oportunidades diferente das que têm hoje e poderão ter um futuro diferente também!
    Claro que o processo é demorado, não gostaria que assim fosse, mas como é a arma que temos atualmente é bom se apegar a ela, até desenvolvermos uma melhor!

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  4. Sobre os agrotóxicos, realmente muitos produtores precisam mudar sua ótica de como preservar o solo, mas as reuniões estão sendo feitas exatamente para isso, os produtores ainda estão sendo informados, não deram inicio ao projeto ainda, estão expondo suas dúvidas, seus receios!
    é comum vermos aquele produtor que varre toda a roça e tocam fogo, a roça fica limpinha... Mas o perigo está aí!
    Temos que dá cobertura esse solo! Os galhos cortados da polinização devem ficar no chão, preservar a umidade, gerar microorganismos!
    Há produtores que já têm essa visão, que minimizam ao máximo o uso de agrotóxicos os substituindo por naturais, então é possível sim!
    Quanto as Órgãos que fiscalizaram não me recordo e quanto a confiabilidade neles muito menos!
    Mas estou ansiosa, confiante!

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